A rinite alérgica é uma inflamação crônica da mucosa nasal, isto é, da parte interna do nariz.
As rinites podem ter várias causas, destacando-se dentre elas as rinites alérgicas, infecciosas, irritativas, vasomotora, hormonais, medicamentosas e gustativas.
No Brasil estima-se que 20%da população geral seja afetada pela rinite alérgica. Estudos mostram que 33% das crianças e 34% dos adolescentes apresentam sintomas de rinite.
Evidências mostram que existe um componente genético importante na determinação da atopia nos indivíduos.
Atualmente existe um consenso de que a incidência da rinite alérgica vem aumentando de maneira progressiva.
Existem algumas hipóteses para isso:
– aumento dos níveis de poluição atmosférica
– estilo de vida ocidental, em que as crianças na primeira infância são expostas a uma menor quantidade de infecções, alterando a resposta inflamatória com predomínio da reação alérgica.
Sintomas:
– espirros repetidos,
– coriza,
– nariz entupido
– coceira no nariz, ouvidos, garganta e olhos.
Alguns pacientes podem ainda apresentar pigarro, tosse, sensação de secreção descendo pela garganta, diminuição do olfato e dor de cabeça.
Esses sintomas podem ser diários ou eventuais.
Fatores que podem desencadear a crise
– Poeira domiciliar
– Ácaros – no Brasil os mais comuns: Dermatophagoides pteronysinus, Dermatophagoides farinae e Blomia tropicalis.
– Fungos
– Baratas
– Pêlo de animais: cão e gato
– Pólens – podem ser encontrados na região Sul do Brasil
– Fatores Irritativos: – Fumo
– Poluição
– Frio
– Mudança de temperatura
– Cheiros fortes
Lembrando…
Durante outono e inverno observa-se um agravamento das manifestações alérgicas devido a baixas temperaturas e alta umidade, favorecendo a proliferação de ácaros e fungos.
Diagnóstico:
O diagnóstico da rinite é basicamente clínico.
É feito dos sintomas referidos pelo paciente e pelo exame clinico realizado pelo médico.
Mas alguns exames complementares são fundamentais para diagnóstico específico.
– Teste cutâneo por punctura (ou prick test)
É de fácil execução, seguro e com altas taxas de sensibilidade e especificidade.
– IgE sérica específica
Exame realizado através da coleta de sangue.
É um exame mais caro do que o teste cutâneo e que não traz interpretação imediata.
Está indicado quando não se pode fazer o teste cutâneo: doença na pele, impossibilidade de suspensão do antialérgico oral ou risco de anafilaxia com o teste cutâneo.
Tratamento:
O tratamento da rinite se baseia em um tripé:
– controle do ambiente – redução da exposição aos alérgenos
– medicações sintomáticas
– vacinas de alergia
Controle ambiental:
Devemos manter o quarto do alérgico o mais simples possível, lembrando que 1/3 da nossa vida estamos dentro do quarto, mesmo que dormindo!
Controlar a exposição aos fatores que desencadeiam à rinite além de melhorar os sintomas do alérgico, reduz a necessidade de tratamento com remédios.
(ver quarto do alérgico)
Medicações sintomáticas:
HIGIENE NASAL
A higiene nasal é fundamental no tratamento da rinite.
As soluções salinas isotônicas (soro fisiológico na forma de spray ou jet) tem a capacidade de aliviar a irritação nasal, umedecer a mucosa e auxiliar na remoção das secreções. Promove assim um alívio imediato.
NA CRISE:
– Anti-histamínicos associados ou não com descongestionantes
PARA PREVENSÃO
– Corticóide tópico
– Cromonas
– Anti-leucotrienos
Por ser um tratamento individualizado, procure o seu médico para saber qual se adapta melhor ao seu caso.
Vacinas de alergia
O objetivo das vacinas é ensinar o nosso organismo a não reagir de forma tão exagerada frente à poeira, mofo e ácaro. Dessa forma conseguimos conviver com agentes que podem provocar crises e que a gente não tem como retirar do cotidiano.
Não é um tratamento rápido, dura de 3 a 5 anos em média, mas traz ótimos resultados na alergia respiratória.
A vacina pode ser administrada por via subcutânea (preferencial) ou sublingual.
Para que a vacina tenha um ótimo resultado é necessário que seja selecionado o(s) alérgeno(s) mais relevante para o tratamento, portanto procure um médico especialista para um tratamento efetivo.
Existe cura?
Não. Como é uma doença que depende de predisposição genética, não tem como oferecermos cura. A vacina ainda não é genética.
O que realmente oferecemos é MELHORA de QUALIDADE DE VIDA.