Conceito:
Imunoterapia alérgica é também chamada de vacina de alergia.
Como funciona:
O tratamento consiste na aplicação dos alérgenos (ácaros, mofos, por exemplo) que o paciente apresente sensibilidade. São doses crescentes por um período que é variável de 3 a 5 anos. Ao longo do tempo teremos alterações na resposta da imunidade com melhora clínica.
O preparo da vacina deve ser feito de modo específico, ou seja, de acordo com a história clínica de cada paciente e com o resultado dos testes alérgicos.
Tipos de Vacina
INJETÁVEL:
A vacina deve ser aplicada por via SUBCUTÂNEA PROFUNDA, na parte posterior do braço, nádegas ou região interna da coxa. A seringa é de 1 ml, tipo insulina, e a agulha deve ser introduzida a 90º com o plano da pele.
É uma forma segura, eficaz, sendo a mais utilizada no tratamento.
SUBLINGUAL:
A vacina é aplicada diariamente sob forma de gotas embaixo da língua do paciente em jejum ou longe das refeições.
Principais Indicações:
• Rinite alérgica
• Asma ou Bronquite
• Conjuntivite alérgica
• Alergias a insetos
*Para alergias alimentares não se dispõe de vacina efetiva.
Duração do Tratamento:
O tempo do tratamento é individual, mas costuma variar de 3 a 5 anos.
A melhora já aparece nas primeiras séries.
Mas atenção! A interrupção precoce do tratamento provoca o retorno dos sintomas.
A vacina realmente funciona?
O resultado do tratamento realmente é ótimo, pois teremos a diminuição dos sintomas com melhora expressiva da qualidade de vida dos alérgicos.
É o único tratamento capaz de mudar a história natural da doença alérgica, mas não traz cura, já que a alergia é uma doença genética.
Conservação:
A conservação da vacina deve ser feita a uma temperatura de cerca de 4º a 8ºC, que é encontrada na porta das geladeiras.
A potência imunogênica das vacinas diminui muito quando não é bem conservada.
Nunca deve ser congelada.
Reações Indesejáveis:
A imunoterapia é um tratamento muito seguro, mas podem ocorrer:
• Reações locais: como vermelhidão, coceira ou até dor no local de aplicação.
• Reações sistêmicas: muito raras. Os sintomas podem ser desde espirros, urticárias até anafilaxia. Em geral ocorrem em até 30 minutos após a aplicação. O tratamento com a imunoterapia deve ser interrompido até nova avaliação.
Contra-Indicações:
A imunoterapia não deve ser feita nos seguintes casos:
• Portadores de asma grave;
• Pacientes em uso de betabloqueador;
• Doenças auto-imunes;
• Doenças psiquiátricas;
• A vacina não deve ser iniciada na gestação, mas pode ser mantida nas mulheres que já estavam em tratamento quando engravidaram.
As Maiores Causas de Fracasso no Tratamento de Vacina:
• Irregularidades nas aplicações da vacina;
• Uso de vacinas com extratos não padronizados;
• Interrupção precoce das vacinas – mesmo quando o alérgico já se sente controlado, deve completar todo tratamento!
• Controle inadequado do ambiente do alérgico (ver quarto do alérgico)
• Achar que a vacina é uma monoterapia. O tratamento de vacina deve estar combinado com o uso de medicação e controle ambiental.